[esboço de pregação]
Para derrotar o gigante Golias, Davi precisou rejeitar as armas do rei Saul e usar as suas próprias armas.
Então Saul vestiu Davi com sua própria túnica. Colocou-lhe uma armadura e um capacete de bronze na cabeça.
Davi prendeu sua espada sobre a túnica e tentou andar, pois não estava acostumado àquilo. E disse a Saul: "Não consigo andar com isto, pois não estou acostumado". Assim tirou tudo aquilo,
e em seguida pegou seu cajado, escolheu no riacho cinco pedras lisas, colocou-as na bolsa, isto é, no seu alforje de pastor e, com sua atiradeira na mão, aproximou-se do filisteu. (1 Samuel 17:38-40)
E disse a Davi: "Por acaso sou um cão para que você venha contra mim com pedaços de pau? " E o filisteu amaldiçoou Davi invocando seus deuses, (1 Samuel 17:43)
Sem dúvida a túnica do rei, sua armadura, capacete e espada deveriam ser ótimos!
Era a armadura e a espada do próprio rei e provavelmente o melhor que havia em Israel. Mas Saul era o homem mais alto de Israel e Davi era de baixa estatura, assim, as roupas e armas do rei não eram adequadas para ele. Davi escolheu suas próprias armas, um cajado, cinco pedras lisas do rio e uma funda, uma espécie de atiradeira. Pedras e paus eram as armas de Davi. Humanamente falando, a melhor arma que existe é a que sabemos usar.
Espiritualmente falando, Davi sabia que por mais que tivesse a arma certa para ele, sua vitória iria pela misericórdia do Senhor.
E Davi disse ao filisteu: "Você vem contra mim com espada, com lança e com dardo, mas eu vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem você desafiou. (1 Samuel 17:45)
O resultado não depende apenas da arma escolhida, mas da confiança em Deus, que te capacita a usá-la.
Davi confiava que Deus poderia lhe dar a vitória mesmo que ele conseguisse apenas atirar pedras no gigante.
Da mesma forma, a igreja e os discípulos de Jesus não precisam das melhores armas disponíveis no mundo para vencer suas batalhas. Não é o marketing digital, a estrutura de palco ou as redes sociais que farão a igreja avançar. Não é a teologia coaching, a autoajuda ou o esforço humano que darão ao homem vitória sobre o pecado e uma vida frutífera.
As armas de guerra dos discípulos são espirituais e não humanas e carnais. Os discípulos de Jesus precisam conhecer as suas armas de guerra e travar as suas lutas com elas.
Nossas armas são tão simples quanto "bater com um pau ou tacar umas pedras". Não há novidades. Todos sabemos que as armas dos discípulos de Jesus envolvem oração, jejum, meditação na Palavra, adoração, o nome de Jesus… sem novidades. A grande questão é "Confiamos que Deus pode nos dar vitória sobre os gigantes com essas armas tão simples?"
B - O QUE IMPORTA NÃO É A HABILIDADE, MAS SIM A AUTORIDADE.
No mundo natural o que define sucesso no uso de uma arma natural é a habilidade ou técnica do soldado. No mundo espiritual o sucesso no uso das armas espirituais depende da autoridade de quem as usa.
Os 7 filhos de Cevas (Atos 19:13-17) mostra que não adianta ser "filho do pastor" ou usar o nome de Jesus como palavra mágica contra o diabo.
Alguns judeus que andavam expulsando espíritos malignos tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os endemoninhados, dizendo: "Em nome de Jesus, a quem Paulo prega, eu lhes ordeno que saiam! "
Os que estavam fazendo isso eram os sete filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes dos judeus.
Um dia, o espírito maligno lhes respondeu: "Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas vocês, quem são? "
Então o endemoninhado saltou sobre eles e os dominou, espancando-os com tamanha violência que eles fugiram da casa nus e feridos.
Quando isso se tornou conhecido de todos os judeus e os gregos que viviam em Éfeso, todos eles foram tomados de temor; e o nome do Senhor Jesus era engrandecido. (Atos 19:13-17)
1 - Nossa autoridade como discípulos de Jesus vem da autoridade dada por Deus:
E disse-lhes: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.
Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.
Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas;
pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados".
Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e assentou-se à direita de Deus.
Então, os discípulos saíram e pregaram por toda parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando-lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam. (Marcos 16:15-20)
2 - Nossa autoridade também vem de uma vida íntegra e dedicada a Deus.
Não damos motivo de escândalo a ninguém, em circunstância alguma, para que o nosso ministério não caia em descrédito.
Pelo contrário, como servos de Deus, recomendamo-nos de todas as formas: em muita perseverança; em sofrimentos, privações e tristezas;
em açoites, prisões e tumultos; em trabalhos árduos, noites sem dormir e jejuns;
em pureza, conhecimento, paciência e bondade; no Espírito Santo e no amor sincero;
na palavra da verdade e no poder de Deus; com as armas da justiça, quer de ataque, quer de defesa;
por honra e por desonra; por difamação e por boa fama; tidos por enganadores, sendo verdadeiros;
como desconhecidos, apesar de bem conhecidos; como morrendo, mas eis que vivemos; espancados, mas não mortos;
entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo. (2 Coríntios 6:3-10)
A falta de coerência entre a fé declarada e o modo de viver causa a perda da autoridade espiritual para usar as armas espirituais.
Um pecado não causa a perda da autoridade, do Espírito ou da salvação, mas uma vida de pecado sim.
3 - Conhecimento e títulos não conferem autoridade espiritual, se assim o fosse, os escribas, fariseus e sacerdotes seriam homens cheios de poder de Deus e autoridade. Muitos acreditam que alguém tem poder de Deus e autoridade espiritual apenas pelo fato de ter conhecimento bíblico ou um título na igreja. A realidade é bem diferente disso! Conhecimento é importante e leva a uma vida de autoridade espiritual para usar as armas da nossa milícia desde que este conhecimento conduza a uma vida santidade e obediência a Deus.
C - A GUERRA É TRAVADA NA MENTE
Toda guerra espiritual é vencida pela e na mente. A oração que traz a libertação e cura começa na mente do intercessor. A mudança de vida naquele que é alvo da oração geralmente vem da mudança de mentalidade também. A mente humana é o campo de batalha. Por isso as nossa armas de guerra devem ser usadas para vencer os pensamentos que são contrários às verdades das Escrituras.
Pois, embora vivamos como homens , não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas ; ao contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.
2 Coríntios 10:3-5 NVI
Comments