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Foto do escritorFabio Luiz de Souza

O significado profético de Pilatos ter lavado as mãos sobre a morte de Jesus



"Eu lavo as minhas mãos!" Essa é uma das expressões mais usadas pelas pessoas quando elas querem dizer que não vão mais tentar ajudar alguém que insiste no seu erro. Mas qual é a origem dessa expressão?


Provavelmente a maioria dos cristãos dirá que essa expressão veio do episódio em que Pilatos, governador da Judéia, julgou Jesus, como relatado no texto de Mateus:


"Quando Pilatos percebeu que não estava obtendo nenhum resultado, mas, pelo contrário, estava se iniciando um tumulto, mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse: "Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês"." (Mateus 27:24)


Essa resposta não é toda a verdade. Esse gesto de lavar as mãos como sinal de inocência diante da morte de um alguém vem de muito antes de Pilatos. Lá em Deuteronômio 21, Moisés apresenta uma orientação sobre como lidar no caso de acharem um corpo de alguém assassinado no campo e não souberem quem foi o culpado pelo crime. Os anciãos da cidade mais próxima do corpo deveriam sacrificar um novilho quebrando seu pescoço na beira de um rio de um local onde não houve plantação. Essa seria a forma de Israel receber o perdão de Deus por esse crime de assassinato. O texto diz:


"Então todas as autoridades da cidade mais próxima do corpo lavarão as mãos sobre a novilha cujo pescoço foi quebrado no vale,

e declararão: "As nossas mãos não derramaram este sangue, nem os nossos olhos viram quem fez isso.

Aceita, Senhor, esta propiciação em favor do teu povo Israel, a quem resgataste, e não consideres o teu povo culpado do sangue de um inocente". Assim a culpa do derramamento de sangue será propiciada.

Desse modo vocês eliminarão de vocês mesmos a culpa pelo derramamento de sangue inocente, pois fizeram o que o Senhor aprova." (Deuteronômio 21:6-9)


É bem provável que Pilatos conhecesse essa lei judaica e tenha usado o gesto de lavar as mãos para se declarar inocente do sangue de Jesus porque seria algo facilmente entendido pelos judeus. O livro de Atos dos Apóstolos mostra que outros governantes romanos da época conheciam as questões religiosas dos judeus. Festo tinha "bom conhecimento do Caminho (Jesus)" (Atos 24:22) e Agripa estava "bem familiarizado com todos os costumes e controvérsias" dos judeus (Atos 26:2,3). Pilatos não devia ser diferente.


O que Pilatos talvez não soubesse é que, ao lavar as suas mãos, estando na posição de "autoridade da cidade" (Deuteronômio 21:6) estava declarando profeticamente que Jesus era "a propiciação em favor do povo de Israel" (v.8). Wow!! Pilatos estava profetizando (sem querer) que a morte de Jesus traria expiação dos pecados de Israel.


Glórias a Deus pelo sacrifício que tira a culpa pelos nossos pecados!

Paz 🙌



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